23/10/2015
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Da horta para a cozinha
Manjericão, alecrim, capuchinha, peixinho. Trazidos pela chef Claudia Mattos, os raminhos de ervas e flores passearam de mãos em mãos na oficina Da Horta para a Cozinha, no Sesc Itaquera. O público, composto por cozinheiras e representantes das instituições sociais do Mesa Brasil, pode olhar de perto as formas, sentir as texturas e os cheiros das plantinhas recém-colhidas.
Acostumados a usar hortaliças na preparação dos pratos, muitas vezes não pensamos na origem deles. “Quando chega à nossa cozinha, o alimento demorou meses para germinar, crescer e ser colhido. É uma dádiva da natureza”, diz Claudia.
Qualquer vasinho ou até mesmo um pote de vidro pode ser usado para plantar uma mudinha. “Nosso futuro está no campo, na roça, e na cozinha. A gente pensa que está na tecnologia, mas a gente não come computador. A gente vive sem computador, nas não sem comida”.
Por isso, ela considera que plantar o nosso próprio alimento é importante. “A gente delegou essa tarefa, alguém tem que plantar por nós. Mas e se não plantar?”, provoca. Ao plantar, entramos em contato direto com a “mãe terra”, e com tudo o que ela nos oferece.
Plantar ou não faz parte de uma série de escolhas que fazemos todos os dias, desde a simples ação de comer, por exemplo. “Comemos três vezes por dia, temos três oportunidades de sermos políticos”, afirma a chef.
No dia da oficina, a escolha foi por uma salada feita com alimentos orgânicos, que era um verdadeiro jardim comestível: alface, cenoura, beterraba, capuchinha (um tipo de flor comestível), rosas, cogumelos, jaca verde, tomate perinha, manjericão… até o prato era comestível: feito com uma folha de repolho ou radiccio.
Depois de comer com os olhos, hora de provar: amargo, doce, azedo, uma mistura de sabores! E você, deu água na boca? Confira a receita completa aqui e experimente!
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Fotos: Carolina Vidal e Cris Komesu